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ANUBIS - ANPU

  • Foto do escritor: tarotescarpadeaval
    tarotescarpadeaval
  • 11 de fev. de 2021
  • 6 min de leitura

A figura imponente do Deus com cabeça de chacal é, sem dúvidas, memorável; em homenagem ao poderoso deus Ampu/ Impu -popularmente conhecido pela sua tradução para o grego Anubis - esse post intende em unir curiosidades, lendas, origem e ritos referentes a deidade egípcia do embalsamamento.



NOME


Como citado anteriormente, o nome Anubis é a tradução para língua ingelsa do nome egípcio Ampu/Impu; sabe-se que a raiz do nome na língua egípcia antiga significa "uma criança real" , e ao mesmo tempo, raiz para "inp", que significa "decair".

Além disso, o deus também era conhecido como "Primeiro dos Ocidentais", "Senhor da Terra Sagrada", "Aquele que está sobre sua montanha sagrada", "Soberano dos Nove Arcos", "O Cão que Engole Milhões", "Mestre da Segredos, "" Aquele que está no lugar do embalsamamento "e" O mais importante da barraca divina ".

Nota-se também que a quantidade de nomes referidos para uma divindade era proporcional à importância das posições que ele que ocupava, denotando a grande importância do deus canino. A seguir trago uma imagem da escrita em hieróglifos mais popular referente a Ampu:


ORIGEM


No início do período dinástico do Egito (c. 3100 - c. 2686 aC), Anúbis foi retratado em sua forma animal completa, com uma cabeça e corpo de "chacal" ( controvérsias arqueológicassobre a possibilidade de ser um lobo dourado africano são frequenrtes no estudo sobre a deidade) foi representado em inscrições de pedra dos reinados de Hor-Aha, Djer e outros faraós da Primeira Dinastia.

Desde o Egito pré-dinástico, quando os mortos eram enterrados em covas rasas, os chacais eram fortemente associados a cemitérios porque eram necrófagos que descobriam corpos humanos e comiam sua carne. Pela associação com cadávers, esse canídeo foi o escolhido para representar o Deus dos cemitérios, das covas =, do embalsamemento e - em alguns momentos da primeira dinastia- da morte.

No Reino Antigo, Anúbis era o deus mais importante dos mortos. Ele foi substituído nesse papel por Osíris durante o Império do Meio (2000–1700 aC), já na era romana, que começou em 30 aC, pinturas em tumbas o mostram segurando a mão de pessoas falecidas para guiá-las até Osíris.

A ascendência de Anúbis variava entre mitos, épocas e fontes. Na mitologia inicial, ele foi retratado como um filho de Rá e Néftis, outra tradição mais recente afirmou que Anúbis era o filho ilegítimo de Nephthys e Osiris, mas que ele foi adotado pela esposa de Osiris, Ísis; ela o criou e ele se tornou seu guarda e aliado com o nome de Anpu.


No período ptolomaico (350-30 aC), quando o Egito se tornou um reino helenístico governado por faraós gregos, Anúbis foi fundido com o deus grego Hermes, tornando-se Hermanubis ( imagem de estátua representa a união das divindades) .

Os dois deuses eram considerados semelhantes porque ambos guiavam as almas para a vida após a morte. O centro desse culto era em uten-ha / Sa-ka / Cynopolis, um lugar cujo nome grego significa "cidade dos cães". No Livro XI de O Asno de Ouro de Apuleio, há evidências de que a adoração desse deus continuou em Roma pelo menos até o século II. Na verdade, Hermanubis também aparece na literatura alquímica e hermética da Idade Média e da Renascença. Embora os gregos e romanos normalmente desprezassem os deuses egípcios com cabeça de animal, considerando-os bizarros e primitivos (Anúbis era zombeteiramente chamado de "Barker" pelos gregos), Anúbis às vezes era associado a Sirius nos céus e a Cerberus e Hades no submundo. Em seus diálogos, Platão frequentemente faz Sócrates proferir juramentos "pelo cachorro" (grego: kai me ton kuna), "pelo cachorro do Egito" e "pelo cachorro, o deus dos egípcios", tanto para enfatizar quanto para apelar para Anúbis como árbitro da verdade no submundo.


I. Protetor das Tumbas



Ao contrário dos chacais verdadeiros, Anúbis era o protetor de túmulos e cemitérios. Uma das lendas conta qur Anúbis protegeu o corpo de Osíris das perversões do temível deus Set, que tentou atacar o corpo de Osíris transformando-se em um leopard


o. Anúbis parou e subjugou Set, entretanto, e marcou a pele de Set com uma barra de ferro quente. Anúbis esfolou Set e usou sua pele como um aviso contra os malfeitores que profanariam as tumbas dos mortos. Os sacerdotes que cuidavam dos mortos usavam pele de leopardo para comemorar a vitória de Anúbis sobre Set. A lenda de Anúbis marcando a pele de Set na forma de leopardo foi usada para explicar como o leopardo obteve suas manchas. Além disso, a maioria dos túmulos antigos tinha orações a Anúbis entalhadas neles com o intuito te protger seus entes queridos após a morte.




II. Embalsamador



No mito de Osíris, Anúbis ajudou Ísis a embalsama-lo; e foi dito que depois que Osíris

foi morto por Set, os órgãos de Osíris foram dados a Anúbis como um presente. Com essa conexão, Anúbis se tornou o deus patrono dos embalsamadores. Logo, durante os ritos de mumificação, as ilustrações do Livro dos Mortos frequentemente mostram um sacerdote com máscara canina apoiando a múmia ereta.

III. Guia Das Almas


No final da era faraônica (664-332 aC), Anúbis era frequentemente descrito guiando indivíduos através do limiar do mundo dos vivos para a vida após a morte. Embora um papel semelhante às vezes fosse desempenhado pelo Hathor, Anúbis era mais comumente escolhido para cumprir essa função sagrada. Os escritores gregos do período romano da história egípcia designaram esse papel como "psicopompo", um termo grego que significa


"guia das almas" que eles usaram para se referir ao seu próprio deus Hermes, que também desempenhou esse papel na religião grega. A arte funerária desse período representa Anúbis guiando homens ou mulheres vestidos com roupas gregas até a presença de Osíris, que a essa altura havia substituído Anúbis como governante do submundo.




JULGAMENTO DE ANUBIS


É importante ressaltar que uma das principais funções de Anúbis era ser o "Guardião das Balanças", ou seja, o juiz do destino final. No reino dos mortos, após uma série de provas por que passava o defunto, Anubis dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro.


O DEFUNTO, TRAJANDO UM VESTIDO DE LINHO, era introduzido por Anúbis no grande recinto onde o julgamento seria realizado. Saudava, então, a todos os deuses presentes. Depois, pronunciava uma longa declaração de inocência formada por frases negativas:


Não pratiquei pecados contra os homens. Não maltratei os meus parentes. Não obriguei ninguém a trabalhar além do que era legítimo. Não deixei de pagar minhas dívidas. Não insultei os deuses. Não fui a causa dos mal tratos de um senhor ao seu escravo. Não pratiquei enganos com o peso da minha balança. Não causei a fome de ninguém. Não fiz ninguém chorar. Não matei ninguém. Não pratiquei fraudes na medição dos campos. Não subtrai o leite da boca das crianças.


E assim por diante, alegando que tinha vivido sempre à altura dos padrões de conduta impostos pelos homens e pelos deuses. Durante a declaração do defunto, Anúbis ajoelhava-se junto a uma grande balança colocada no meio do salão e ajustava o fiel com uma das mãos, ao mesmo tempo em que segurava o prato direito com a outra. O coração do finado era colocado num dos pratos e, no outro, uma pena, símbolo de Maat, a deusa verdade.


Ao ser pesado, o coração contra a verdade, verificava-se a exatidâo da inocência do defunto, com o objetivo de julga´lo pela dualidade entre a verdade e com o seu próprio coração na balança. Se este se igualasse com a verdade, tudo correria bem e o defunto seria bem-vindo no além-túmulo; caso contrário, o morto estaria cheio de pecados e, então, seria comido por um terrível monstro: Ammut, o devorador dos mortos.



RITOS E HOMENAGENS



Rituais destinados para deuses egípcios não eram amplamente descritos nos hieróglifos como são os da antiga Grécia ou de religiões antigas como Hinduísmo e Xintoísmo, todavia, é possível encontrar algumas questões específicas e também rituais neopagãos em homenagem ao Deus Anubis.

O que encontrei em todos os textos que li é que Cipreste ( Em óleo, incenso, etc) era usado para amenizar o cheiro do embalsamamento egípcio, e por isso, é associado ao deus; portanto, todos os pedidos e rituais destinados a ele devem conter cipreste.

Ervas aromáticas, sal grosso e betume eram usadas para a conservação dos faraós, portanto, também são associadas aos ritos; por fim, a escrita do hieróglifo com o intuito de clamar por intercessão também é bastante utilizada, assim como as imagns em sua homenagem.









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© 2021, por TAROT ESCARPA DE AVALON. Orgulhosamente criado com Wix.com 

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